E assim como nascem os tijolos do meio do Massapê, nascem também muitas das crônicas que ele divide com o leitor. Muitas narrativas são biográficas, existindo sempre um confronto entre o passado, às vezes dolorido, e um presente quase surreal.

Como se à mesa fosse servido um glamouroso chá das cinco, com um cuscuz artesanal, convidando o leitor a ousar nos sabores.

É assim também que o menino-poeta, que leva flores da Grécia para uma amiga do outro lado do oceano,

pode ser descrito, lido, visto, desenhado. Wan, o tempo inteiro, está dizendo ao leitor: provai-me!

E é com esta provocação que ele nos instiga a aceitar o convite ao banquete que é seu livro.

O título é instigante e tem a mesma intensidade de quem o escreveu.

Primeiro livro do autor, Provai-me, é uma coletânea de textos que te vai prender em torno da mesa do banquete, da primeira à última letra.

Lu Mota

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Segundo dos quatro filhos de Zaqueu e Davina, Wan tem uma história de vida com grandes saltos e inúmeros voos, sem jamais se esquecer do Sítio dos Oliveiras, lugarejo-relicário, que guarda as memórias da sua infância. Foi de lá que Wan partiu para colonizar mundos, começando por Barra do Corda e depois para Brasília, onde diz que “esteve policial”. Formado em Direito, Wan decidiu por deixar o Brasil e foi desbravar Lisboa, onde a cada dia descortina belezas raras, boa culinária, bons vinhos e viagens exuberantes. Wan divide essas delícias com seus leitores, como um convite à degustação de suas conquistas ou do banquete em que ele transforma seu existir. Um convite às maravilhas daquele lugar.