Descrição
– Doutor, passe remédio barato, que o marido me deixou. Mas foi bom, ele nunca prestou; era desses homens que pedem todo dia pra ser corno.
– E a senhora fez a ele o favor?
– Fiz por mim, que estava necessitada.
* * *
De repente, um elogio inusitado:
– Taí, gostei porque num é todo médico que tem uma mão leviana assim.
* * *
– Ele tem 70 e eu 42. Já tive uma ruma de homens mais novos. Mas eu digo uma coisa ao senhor: já ajudei mais…
* * *
– O que me incomoda são as ventas. Tapadas, noite e dia. Não sinto cheiro de nada. O senhor pode se cagar todo aí, doutor, que eu não vou sentir fedor nenhum. Juro…
* * *
– “Sou véia; do tempo que cu era quadrado. E tinha tampa”.
* * *
– Todo homem, doutor, da primeira vez… é peuverso.
Sobre o autor
Marcelo da Silva Ribeiro nasceu em Aracaju-SE, no dia 2 de outubro de 1949. Formou-se em Medicina pela UFBA, em 1974. Especializou-se em Otorrinolaringologia no Serviço do Professor Ermiro de Lima, no Rio de Janeiro. Aposentado pelo Ministério da Saúde. Publicou 19 livros (romance, crônicas, poesia, ensaios biográficos). Reside em Aracaju. Premiado em trabalhos de poesia (Concurso SANTO SOUZA e FUNCAJU, em Sergipe) e em livro sobre a Tropicália (pela UBE – UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES). Poemas publicados pela Editora TRIBO. Participação em várias antologias.
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