Escrita Criativa

Aza de Azaleia e Dicas para Você Escrever as Suas Histórias

Para escritores que estão trabalhando em narrativas com temas semelhantes – superação, trauma, pobreza, injustiça social, busca por propósito – “Aza de azaleia” oferece lições valiosas para testar estilos e pensar fora da caixa, sendo uma obra pessoal e, por isso, universal.

Os temas centrais são a resiliência e a luta por um sonho em meio à adversidade extrema. É a história de como o desejo ardente por educação e uma vida melhor impulsiona a personagem a superar traumas, pobreza, abuso e falta de apoio familiar. É uma super-heroína comum que ouviu: “cresça, cresça” sussurrado pelo seu Anjo Interior, mesmo quando os obstáculos da vida real gritam para desistir.

Separamos 7 lições valiosas de Alcione Martins tiradas deste livro para você refletir ao escrever o seu também:

A Força na Vulnerabilidade: Aza não é uma heroína invulnerável. Sua força reside justamente em sua capacidade de continuar, apesar do medo, da dor e da vulnerabilidade.
Dica para escritores: Ao retratar personagens em situações difíceis, mostre suas fraquezas e medos. A resiliência é mais impactante quando vemos a luta interna para se levantar. Como o seu personagem encontra a força para murmurar “cresça, cresça” depois de ser pisoteado pelo Censor da vida? Explore essa tensão.

O Sonho como Propulsor (Anjo vs. Censor): O sonho de Aza de estudar e se tornar professora é o seu motor, seu “Anjo” que a impulsiona. Os obstáculos, a falta de dinheiro, o marido que desincentiva – esses são seus “Censores”.
Dica para escritores: Identifique o “Anjo” (o sonho, a paixão, o propósito) do seu personagem e o “Censor” (medos internos, obstáculos externos, vozes desanimadoras). Como esses dois elementos dialogam (ou brigam) na mente e nas ações do seu personagem? A jornada se torna mais interessante quando vemos essa batalha. Pense em metáforas visuais ou internas para representar essa luta.

Revelando o Trauma de Forma Significativa: O livro aborda experiências de abuso de forma direta, mas focando nas consequências e no impacto na vida de Aza (a desconfiança, os pesadelos, a depressão), e não na descrição explícita dos atos.
Dica para escritores: Ao lidar com temas sensíveis como trauma, considere o que precisa ser mostrado versus o que precisa ser sugerido. O foco no impacto psicológico e emocional, nas cicatrizes deixadas e na forma como o personagem lida com elas pode ser muito mais potente e respeitoso do que a representação gráfica do evento. Como o trauma ressoa no presente do seu personagem?

A Educação como Caminho para a Liberdade: Para Aza, estudar não é apenas adquirir conhecimento, é a rota de fuga de uma realidade opressora, a chave para a autonomia e a realização de um legado.
Dica para escritores: Explore a “fome” por conhecimento ou por uma habilidade específica no seu personagem. Como essa busca se torna uma ferramenta de empoderamento? Pense em momentos concretos onde o aprendizado abre uma porta ou oferece uma nova perspectiva.

Personagens Secundários como Espelhos e Catalisadores: Aza encontra tanto figuras que a prejudicam (irmão, cunhada, agressores) quanto aquelas que a ajudam (a amiga que a acolhe, a tia Luíza, o professor).
Dica para escritores: Cada personagem secundário deve ter uma função clara na jornada do protagonista. Eles podem ser espelhos que refletem aspectos do protagonista, catalisadores que impulsionam a ação, ou obstáculos que testam a sua força. Pense em como até mesmo as interações negativas moldam o caminho de superação.

Pequenas Vitórias Importam: A conclusão do primário com materiais improvisados, ser aceita na família do marido, concluir o Magistério vendendo Avon, passar no vestibular EaD – a jornada de Aza é pavimentada com pequenas grandes vitórias.
Dica para escritores: Em longas narrativas de superação, celebre e detalhe as pequenas conquistas do seu personagem. Elas mantêm a esperança viva para o leitor e mostram o progresso gradual, tornando a jornada mais crível e inspiradora.

Pensando Fora da Caixa na Estrutura ou Estilo: Embora “Asa de azaleia” siga uma estrutura narrativa mais tradicional, a força da história reside na honestidade e na cadência com que as experiências são contadas.
Dica para escritores: Inspirado pela intensidade da jornada de Aza, como você poderia subverter a forma? Poderia usar fragmentos, fluxo de consciência, diferentes pontos de vista (talvez dos “Censores” ou “Anjos” na vida da sua personagem?), ou incorporar outros elementos artísticos (poesia, letras de música, desenhos) para expressar as emoções e os desafios? Como a própria “escrita criativa” pode ser uma ferramenta de cura ou expressão para o seu personagem, assim como escrever “Aza de azaleia” foi para a autora (como sugerido na apresentação)?

“Aza de azaleia” nos lembra que mesmo da terra mais árida, uma flor resiliente pode brotar. Que esta história inspire nossos escritores a explorar as profundezas da experiência humana em suas próprias obras, com coragem, honestidade e a certeza de que a arte tem o poder de transformar e de dar voz às jornadas mais incríveis de superação.

Sobre a Autora:
Alcione Martins, maranhense, mãe de três filhas, é Graduada em Filosofia e Pedagogia, especialista em Supervisão, Gestão e Planejamento Educacional e em Educação Especial Inclusiva. Sua paixão pela Educação a Distância (EaD) reflete sua própria jornada de aprendizado contínuo. “Aza de azaleia” é um fruto de suas vivências e reflexões, compartilhado para inspirar e tocar corações.

 

veja o livro aqui =)

Add a Comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *